sábado, 5 de outubro de 2013

Em Cabo Frio, Oficina de decoupagem dá lição de sustentabilidade







Uma caixa de papelão, uma garrafa de azeite ou uma garrafa pet: tudo isso pode se transformar em algum objeto útil e bonito. Assim é o trabalho desenvolvido na oficina de decoupagem, realizada no Centro de Referência de Assistência Social - CRAS Jardim Esperança, em Cabo Frio. A partir de materiais reaproveitados, as peças ganham cara nova com tecidos, papéis coloridos e adereços, evitando que muita coisa que demora anos para se decompor vá para o lixo.





Cerca de 50 usuárias participam semanalmente da oficina, que faz parte do projeto de inclusão produtiva. O objetivo é capacitar pessoas a desenvolver atividades através do reaproveitamento de materiais, a partir do conceito de sustentabilidade, e ainda, gerar renda extra e independência financeira dessas pessoas.

- Temos diversos exemplos aqui no CRAS de pessoas que não tinham profissão e nenhuma renda. A partir do trabalho realizado nas oficinas, a maioria delas produz suas peças para vender, recebem encomendas de produtos e garantem uma renda para a família. O melhor de tudo é que o investimento é praticamente zero, visto que grande parte da matéria prima vem do reaproveitamento de materiais, disse a coordenadora do CRAS, Rosimar Lima.

A moradora Viviane Paiva participa da oficina há apenas seis meses. Para ela, cada peça confeccionada é uma surpresa.

- Às vezes nem eu acredito que uma caixa de sapato ou uma garrafa pode se transformar em alguma coisa tão bonita. Eu fico muito feliz porque tudo isso que a gente usa aqui, com certeza ia ser colocado no lixo. Então o que as pessoas acham que é para jogar fora, para mim é material de trabalho, afirma a usuária.

Além da geração de renda, outro objetivo importante alcançado pelas oficinas é o fortalecimento de vínculos. Segundo a instrutora Carla Leal, muitas usuárias chegam desanimadas e tristes ao CRAS, e durante a aula, esquecem o que as aborreciam e sorriem com as colegas da comunidade.

- Quem chega aqui triste e desanimado, logo que começa a fazer as peças e conversar com as outras usuárias já mudam o semblante. A oficina é uma terapia que faz muito bem a todas as pessoas que participam, garante a instrutora.

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