Família de uma das vítimas diz que houve negligência no atendimento.
Atestado de óbito aponta que mulher morreu de hemorragia generalizada.
Nesta quarta-feria (6), as duas primeiras mortes por dengue no estado do Rio de Janeiro, em 2013, foram confirmadas. As vítimas estavam internadas no Hospital Municipal de Araruama. Uma delas era a professora Kellhy Marques da Silva, de 50 anos, que morava em Cabo Frio e morreu no dia 28 de fevereiro. Um morador de São Pedro da Aldeia também morreu por causa da doença. No entanto, o hospital não divulgou o nome.
A família de Kellhy afirma que houve negligência nos primeiros atendimentos médicos a vítima. Segundo os parentes, o primeiro hospital procurado pela professora foi o Jardim Esperança, em Cabo Frio, onde o caso foi tratado como problema gástrico. No dia seguinte, com muitas dores, a mulher foi levada a uma clínica particular e continuou a receber medicamentos para dores de estômago.
Somente na segunda vez que procurou a clínica, a vítima fez exames de sangue que atestaram dengue. Para a filha de Kellhy, Liliam Beatriz Freitas, a demora para identificar a doença foi determinante para a morte da mãe.
De acordo com a família, após o diagnóstico, a professora ainda ficou oito horas em um quarto comum, pois aguardava uma vaga no CTI. O quadro hemorrágico se agravou e a vítima foi transferida para o Hospital Municipal de Araruama, mas não resistiu e morreu. Os parentes da vítima estudam a possibilidade de entrar na justiça contra o hospital do Jardim Esperança e a Clínica.
A clínica particular informou que desconhece o fato da paciente ter entrado duas vezes na emergência, mas confirmou que Kellhy foi atendida, passou por exames e foi transferida para o Hospital Regional de Araruama. O diretor da clínica não foi encontrado para esclarecer o atendimento de Kellhy. O hospital do bairro Jardim Esperança foi contatada pela InterTV, mas não obteve resposta sobre o ocorrido.
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