No último fim de semana, uma venezuelana de 35 anos foi vítima de uma tentativa de estupro em Cabo Frio. O homem foi preso em flagrante, mas o medo e o pânico ainda estão na memória da jovem. Nesta terça-feira (15), ela concedeu entrevista ao RJ Inter TV 2ª Edição e falou sobre os momentos de terror vividos no bairro Ogiva.
Ela caminhava pela rua do bairro, no início da noite de domingo (13), quando foi atacada por um homem. Armado com uma faca, Aleci Antunes Rodrigues arrastou a vítima para uma salina. Ela reagiu, pediu socorro e chegou a lutar com o criminoso, mas acabou dominada por ele. O ataque aconteceu a menos de 100 metros de uma base da Polícia Militar. Por sorte, uma mulher que passava pela rua viu quando a venezuelana foi arrastada pelos cabelos e chamou os policiais. Quando eles chegaram, o homem ainda teria tentado cortar o pescoço da vítima, mas ela conseguiu se defender, colocando a mão na frente.
Para fechar o corte, foram necessários oitos pontos cirúrgicos. A vítima ainda guarda os cabelos arrancados pelos puxões do criminoso, que foi preso em flagrante e confessou à polícia que iria estuprar e depois matar a venezuelana.
Segundo dados do Ipea, a estimativa é que mais de 500 mil pessoas sejam estupradas por ano no Brasil. Mas o número pode ser muito maior, porque apenas 10% desses casos chegam ao conhecimento da polícia. O medo e a vergonha também são responsáveis por uma estatística imprecisa em outros tipos de crime, como a violência doméstica.
Em Cabo Frio, funciona a única delegacia da região especializada em crimes contra a mulher. A delegada Cláudia Faissal acredita que questões culturais e o machismo são os motivadores das agressões e que só com punições rigorosas vai ser possível diminuir a violência contra as mulheres.
Fonte:G1
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